Sim, era estranho, num lugar tão quente, em que água gelada era quase um milagre, de repente gelo cair do céu. Assim, como não quer nada, sem aviso, sem festa.
Pensou em sair. Era noite. Mas preferiu ficar dentro de casa, a procurar goteiras, para ver com seus próprios olhos, e dentro do seu lar, que as pedrinhas geladas não eram fruto de sua imaginação.
O barulho no telhado não cessava. Parecia uma inédita canção de ninar, como nunca ouvira antes. Adormeceu.