sexta-feira, julho 12, 2002


A arte e o prazer da arte

Não sei se eu sei o que é arte! Não sei se a compreensão da arte passa pelos estágios que seriam mais óbvios, como a absorção da sensação do prazer, similaridade, identificação plena, asco, desejo e afins. Acho que arte é muito mais do que podemos dizer ou escrever. Seria algo como tentar pôr cheiro de banana da capa de uma revista (a Superinteressante já fez isso) - dá até pra fazer mas é algo meio inútil.
Descobri ontem que só nos anos 60 começaram a pôr blues em partitura, pelo simples motivo de que achavam que não dava pra pôr mesmo - é mais o lance do feeling que qualquer outra coisa. Digo isso agora porque todas as minhas tentativas de tirar um som decente no estilo a partir de uma partitura e/ou tablatura foram inúteis. Nas pouquíssimas vezes que funcionou foi mais sentimento que pentatônica. Pergunta se o B.B. King e o Muddy Waters usavam escalas pra fazer seus solos memoráveis. De jeito nenhum.
É aí que tá o negócio: arte, pra mim, deve antes tocar seu coração do que qualquer outra coisa. Por mais que você não entenda o que está sendo dito ali, dá pra gostar sim.
Ontem eu tava assistindo um canal alemão, prestando atenção nas notícias pra ver se me emocionava com alguma coisa. Mas foi inútil. :)))
Um dia, quem sabe, eu consigo!!!

M.


0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial